segunda-feira, 6 de junho de 2011

Manifesto "Santa Ignorância, Batman!"

Manifesto dedicado aos calouros e a todos os veteranos e a nós. Exposto no evento "Calouradas Cênicas". Dia 03 de junho de 2011.

Sejam bem-vindos, calourada, ao departamento mais bonito e arejado da Universidade de Brasília! Sejam à vontade. Somos estudantes, não percam tempo. Somos jovens incapazes e incompetentes. Estamos aqui para absorver e experimentar formas de regurgitofagia. A errar, errar, errar, errar... Não percamos este tempo privilegiado. Aqui é o espaço do erro. Aproveitemos-lo, pois o mercado do mal é um inferninho. Não sejamos aqui Peter Brook, Jerald Thomas, Caetano Veloso e Glauber Rocha. Sejamos inteligentes o suficiente para aceitar que somos burros, ignorantes. Sejamos imperfeitos, mas extremamente positivos e insatisfeitos. Sejamos jovens ainda.

Não Vejo a Hora de te Ver

Faz tanto tempo que eu te espero
Mas tá tudo bem, eu não tenho mais nada pra fazer
Faz tanto tempo que eu te espero
Mas tá tudo bem, eu não tenho mais nada pra fazer

Sabe, tchu ru ru ru, estou louco pra te ver
Sabe, tchu ru ru ru, entre nós dois um querer

Faz tanto tempo que eu te espero
Mas tá tudo bem, eu não tenho mais nada pra fazer
Faz tanto tempo que eu te espero
Mas tá tudo bem, eu não tenho mais nada pra fazer

Tenho o meu cigarro pra fumar
Tenho a minha Fanta pra tomar
Tenho mil formigas pra judiar
Tem gente feia pra ver passar (na passarela)

Eu não vejo a hora de te ver

Faz tanto tempo que eu te espero
Mas tá tudo bem, eu não tenho mais nada pra fazer
Sabe, tchu ru ru ru, estou louco pra te ver
Faz tanto tempo que eu te espero, baby
Mas tá tudo bem, eu não tenho mais nada pra fazer

Terminei meu sudoku
Li toda a fofoca do meu jornal
Contei quantas pintas meu braço tem
Contei quantas vezes eu te esperei

Faz tanto tempo que eu te espero
Mas tá tudo bem, eu não tenho mais nada pra fazer
Faz tanto tempo que eu te espero
Mas tá tudo bem, eu não tenho mais nada pra fazer

Ausência do Mar

Esse frio que coça e deixa cego
Deixa tudo afastado de longe de mim
Não se esqueça das coisas que eu repeti
Tampouco me deixe falando pro ar
Sinto aquele gelo do meu sacrifício
Sinto o seu perfume vicioso e só

Tão calado e incerto de se aproximar
Esses olhos tão fixos, seguros de si
Te espero de noite ausente de nós
Espero sua boca falar do pior

E enxergo em seus gestos
Suas palavras cantadas (Hmmmm)

Meu amor não se esqueça do nosso lugar
Quero sumir do mundo, te ter só pra mim
Vamos fugir de tudo na ausência do mar
Ausência do mar
Ausência do mar
Ausência do mar
Ausência do mar (Hmmmm)

Quero vestir suas roupas sempre repetidas
Só pra sentir seu cheiro, seu corpo no meu
Te espero de noite ausente de nós
Espero sua boca falar do pior

E o meu corpo cheio
De esperança errada (Hmmmm)

Meu amor não se esqueça do nosso lugar
Quero sumir do mundo, te ter só pra mim
Vamos fugir de tudo na ausência do mar
Ausência do mar
Ausência do mar
Ausência do mar
Ausência do mar (Hmmmm)